Mês da Bolívia no Instituto Cultura Latina! Os nomes da literatura boliviana nem sempre chegam até nós, mas isso não significa que o país não tenha muitos escritores importantes! Confira abaixo quem são as principais vozes do país vizinho!
Nataniel Aguirre, além de escritor, foi um historiador e um patriota. Em seu romance mais conhecido, Juan de la Rosa (1885), que tem como subtítulo Memórias do Último Soldado da Independência, ele narra alguns dos episódios mais heróicos da história de Cochabamba , sua cidade natal, para destacar a resistência do povo contra o general espanhol José Manuel de Goyeneche.
Adela Zamudio Ensaísta, poeta e professora, é consiederada uma das precursoras do feminismo em seu país. Nascida em 1854, ela enfrentou o conservadorismo da época em que viveu e agitou a sociedade com seus escritos. Entre outras obras, vale citar Íntimas, Peregrinando, Ráfagas, Noche de fiesta, El véu de la Purísima e Contos. O dia da mulher boliviana é comemorado na Bolívia todo dia 11 de outubro, data do aniversário de Zamudio.
Ricardo Jaimes Freyre foi integrante do movimento modernista, foi também professor, diplomata e estadista. Tem como livros principais Castalia Bárbara (1899), Los sueños son Vida (1917) e Las Leyes de la Versificación Castellana (tratado sobre a estrutura técnica da poesia). Em suas obras, trouxe temas atemporais e universais.
Jaime Mendoza: Médico, romancista e ensaísta boliviano. Ele nasceu na cidade de Sucre. Sua narrativa é caracterizada pelo realismo descritivo. Escreveu Nas terras de Potosí (1911), sobre a vida dos mineiros; Barbaric Pages (1914), sobre os seringueiros. Seu ensaio El Massif Boliviano (1935) trata de definir a nacionalidade boliviana, afirmando a importância da influência andina e o senso de harmonia entre os povos indígenas e a paisagem.
Franz Tamayo foi político e escritor boliviano, eleito Presidente da República em 1934. Nascido em La Paz, aliou a vocação de escritor à vida política e gozou de grande popularidade. Por sua obra poética é considerado o melhor representante do modernismo na Bolívia. Suas obras incluem: Odes (1898), Provérbios sobre arte, vida e ciência (1905), La Prometheis (1927), Scherzos (1932), Scopas (1939) e Epigramas Gregos (1945).
Alcides Arguedas também foi um político boliviano, tal como Franz Tamayo. Em seu romance mais famoso – A Corrida de Bronze (1919) – ele denuncia as condições de vida subumanas dos camponeses indígenas, considerada uma das manifestações mais importantes da narrativa indígena hispano-americana.
Pisagua (1903), Wuata Wuara (1904) e Vida criolla (1912) são outros de seus romances.
Armando Chirveches foi um escritor boliviano pertencente à geração de 1910, caracterizada esteticamente pela transição entre o romantismo e o modernismo. Escreveu La casa manor - uma reflexão nostálgica sobre um mundo de costumes e valores perdidos – e os romances Celeste (1905), La candidatura de Rojas (1909), La virgen del lago (1920), Flor del trópico (1926) e A la vera del mar (1926).